segunda-feira, 5 de setembro de 2016

AUTO-HEMOTERAPIA





AUTO-HEMOTERAPIA





A técnica



A técnica consiste na prévia extração de sangue venoso do paciente com o alegado propósito terapêutico, seguida de sua injeção intramuscular na mesma pessoa , o que — segundo advertem oficialmente as autoridades sanitárias e a comunidade científico-médica — pode ocasionar abscessos na pele, dores, edemas, hematomas,infecções, além de evoluir para quadros clínicos mais severos, como a coagulação intravascular disseminada, sangramento generalizado, entre outros efeitos.
O Parecer do Conselho Federal de Medicina – CFM sobre essa técnica afirma que a auto-hemoterapia, de acordo com o que se depreende da literatura, compreende vários procedimentos distintos, dentre estes a readministração do sangue estocado do próprio paciente. Outras modalidades de auto-hemoterapia descritas na literatura consultada são

  • Auto-hemoterapia propriamente dita - Sangue retirado da veia e administrado no músculo, sem qualquer adição de substância ou tratamento com radiação.
  • Auto-hemoterapia ocular (subconjuntival) - Administração subconjuntival de sangue retirado da veia do próprio paciente para tratamento de queimaduras oculares.
  • Tampão sangüíneo peridural - Sangue retirado da veia e administrado por via peridural.
  • Auto-hemoterapia com sangue submetido à ação de certos agentes - Sangue retirado da veia e submetido à ozonização ou à irradiação UV, administrado por via intramuscular, intravenosa ou por infiltração.
Os que defendem a auto-hemoterapia dizem que a técnica estimula o aumento do percentual de macrófagos, aumentando também as defesas do organismo e eliminando as bactérias, os vírus, as células cancerosas (neoplásicas) e a fibrina, que é o sangue coagulado. Esse aumento de produção de macrófagos pela medula óssea se dá porque o sangue no músculo funciona como um corpo estranho a ser rejeitado pelo Sistema Retículo Endotelial (SRE). Enquanto há sangue no músculo, o Sistema Retículo Endotelial mantém-se ativado. Essa ativação máxima termina ao fim de cinco dias. A taxa normal de macrófagos é de 5% no sangue e, com a auto-hemoterapia, eleva-se para 22% durante cinco dias. Do quinto ao sétimo dia declina, voltando aos 5%. Daí a razão de recomendarem que a aplicação seja repetida de sete em sete dias. Segundo o médico Luiz Moura, o uso da auto-hemoterapia resulta num estímulo imunológico poderosíssimo






Para quem ouve falar pela primeira vez da técnica, a auto-hemoterapia até parece coisa de outro mundo. Trata-se da retirada de uma pequena quantidade de sangue e a injeção do líquido de volta para o corpo por meio do tecido muscular, nas nádegas ou nos braços. No entanto, o procedimento, que motiva depoimentos entusiasmados na internet, obedece uma lógica simples. Segundo seus defensores, ele consegue aumentar o número de macrófagos, as células da linha de frente do sistema imunológico. O reforço na defesa do organismo complementaria o tratamento para diferentes condições de saúde. A explicação é sustentada por estudos científicos. Porém, segundo as instituições brasileiras de segurança em saúde, faltam comprovações científicas do tratamento, que não tem reconhecimento formal como terapia médica.

Os mácrofagos já circulam naturalmente em todos os órgãos do corpo humano com um único objetivo: encontrar e remover elementos indesejados. Algumas pesquisas afirmam que a auto-hemoterapia surgiu há mais de 2.500 anos, na China. Massagens fortes beliscavam a pele, causando rupturas em pequenos vasos e estimulando as defesas do local a ser tratado. Teorias à parte, a história pode ser melhor contada pela servidora pública Luzinéia Maria Amorim, de 50 anos. Ela conheceu a técnica por meio de uma amiga que passava por um tratamento contra um câncer de intestino e buscava reforçar o sistema imune com as injeções autólogas. “Ela fez durante todo o tratamento e nunca interrompeu as sessões por imunidade baixa. O oncologista sabia que ela fazia a terapia e a aconselhava a continuar.”

Luzinéia começou também a tomar as injeções, até como forma de encorajar a amiga. Há cinco anos, uma vez por semana, ela passa pelo rápido procedimento. “É uma qualidade de vida sem explicação. Conheço pessoas que fazem há 30 anos e dizem a mesma coisa. São só benefícios”, acredita. A servidora conta que cancelou uma cirurgia no nariz para corrigir uma consequência da sinusite crônica por não ser mais necessária. Segundo ela, a respiração voltou ao normal sem intervenção cirúrgica.

Pesquisas Uma rápida pesquisa na base de dados científicos dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (PubMed – National Library or Medicine) mostra um conjunto de publicações sobre o tema. Uma delas, divulgada no verão de 1997 no Journal of Alternative and Complementary Medicine, mostra o uso de auto-hemoterapia para o tratamento de infecções por herpes. Vinte e cinco pacientes com o vírus receberam uma transfusão de 10ml de sangue autólogo nos glúteos. A resposta favorável de 100% ocorreu em 20 pacientes submetidos à técnica no prazo de sete semanas do início dos sinais clínicos e de outro que a recebeu em um intervalo de nove semanas. “Não ocorreram sinais ou sintomas adversos do tratamento. A terapêutica foi demonstrada como eficaz na eliminação de sequelas clínicas nesses casos de infecções de herpes e esses resultados justificam investigação clínica mais rigorosa”, conclui o trabalho liderado por J. H. Olwin, do Centro Médico de St. Luke, em Chicago.




A auto-hemoterapia passou a ser defendida mais fortemente em 2004, quando o Dr. Luiz Moura publicou um artigo intitulado “Auto-hemoterapia"



Segundo Ida Zaslavsky, autora do livro Auto-hemoterapia: um bom passo maior que a perna, uma pessoa com herpes passa por um ciclo viral que só ocorre quando a imunidade está baixa. “Aumentando a imunidade, ela tem um recurso maior para combater o agente infeccioso”, explica Ida, graduada em enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ela defende a auto-hemoterapia há mais de duas décadas e esclarece que a técnica não é um tratamento, mas um acréscimo à terapia convencional. “Ela complementa outro tratamento, não o exclui. É preciso deixar isso claro. Se você está fazendo um tratamento medicamentoso, você vai potencializar seu organismo para continuar recebendo o tratamento.”

De acordo com ela, não há contraindicação. “É o sangue da própria pessoa, não são injetados nenhuma química, nenhum outro organismo. Ao receber a informação de que entrou algo estranho (o sangue do próprio paciente) no músculo, o corpo dispara um estado de alerta para a imunidade. As células de defesa se multiplicam, se quadriplicam.” Ela lembra que o primeiro trabalho nacional sobre o assunto foi publicado em março de 1940 pelo cirurgião Jessé Teixeira, na revista Brasil-Cirúrgico, da Sociedade Médico-Cirúrgica do Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

Por mais que seja simples, diz Ida Zaslavsky, a auto-hemoterapia requer pessoa habilitada para evitar algumas complicações comuns a qualquer procedimento em que haja a manipulação de sangue e a injeção de substância em parte do corpo. “Não é qualquer pessoa que aplica e não existe autoaplicação. As pessoas têm que buscar um profissional com habilitação.” As ressalvas também são feitas por um dos maiores defensores da terapia: Stuart Hale Shakman, diretor executivo do Instituo de Ciência em Santa Mônica, na Califórnia.

Shakman ressalta que o método não substitui tratamentos e também não representa uma cura para todos os males. “O principal é reafirmar que a auto-hemoterapia não é uma cura. E, mesmo com a sua realização, ainda fica muito trabalho para a medicina convencional”, afirma. Ele conta que a terapia já foi reconhecida como um procedimento médico legítimo, mas caiu em desuso, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, com o avanço da indústria farmacêutica, que, na opinião do médico, teria interesse em manter a metodologia sem reconhecimento legal, uma vez que ela tem custo mínimo.


Advertência 



Apesar de os argumentos dos entusiastas soarem convincentes, instituições como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) advertem que há necessidade de mais estudos e de um debate mais amplo para garantir a eficácia e a segurança da técnica.


Segundo a coordenadora da Câmara Técnica de Hemoterapia do CFM, Marta Müller, trata-se de um tratamento que está sendo difundido sem comprovação científica. “Qualquer técnica, para ser reconhecida para uso rotineiro no Brasil, precisa ser aprovada com base em evidência científica.” Marta assinala que, com base no parecer Nº12 de 2007, o CFM não aprova o procedimento justamente por falta de reconhecimento científico. “A partir do momento que o reconhecimento dessa técnica for solicitado no CFM, de forma que preencha os requisitos, seguramente vai ser aprovado. Mas a dificuldade está aí: não há pesquisas, com dados necessários, que justifiquem e mostrem a eficácia do procedimento.”

Ela alega que o documento do Conselho analisa toda a literatura até aquele momento, e nenhum deles é consistente em número de pacientes, de trabalhos ou de evidências que possam ser comprovadas. Já o diretor da ABHH, Dante Langhi Jr., é mais categórico ao afirmar que é uma terapia sem indicação científica. “Essa lógica de melhorar sistemicamente o seu sistema imunológico não é possível. Se estiver contaminado com alguma bactéria, ele vai produzir anticorpo contra a bactéria e não contra qualquer coisa nem melhorar o seu sistema imunológico. Não existe isso.” Para Langhi, o conhecimento derivado da auto-hemoterapia é apenas empírico.

Chá de Urtiga




Chá de urtiga – Benefícios e propriedades






De origem asiática e europeia, a urtiga, também chamada ortiga, foi uma das plantas que começaram a ser utilizadas muito cedo pelo Homo sapiens, desde 4000 a.C. as fibras dela foram utilizadas na fabricação de tecidos e mais tarde na produção de papel. A urtiga é conhecida por uma propriedade em suas folhas que se encostadas na pele, podem irritá-la, deixando uma sensação de que a pele fora queimada. Antes de serem descobertas as propriedades medicinais da planta o uso dela na indústria têxtil se manteve em alta até o século XX, mesmo já tendo sido descoberto o linho para fabricação de roupas e demais tecidos. Durante a difícil época da Primeira Grande Guerra, os uniformes dos soldados eram feitos de fibras da urtiga. Hoje em dia, além de ser uma planta medicinal, ainda é alimento e fonte de clorofila.






Os dois tipos de urtiga

Existem dois tipos de urtigas: a branca e a comum. Elas não devem ser confundidas, pois a branca não tem características urticantes. As flores da primeira são muito diferentes da urtiga comum. Entretanto, vale apontar que as duas plantas têm algumas propriedades semelhantes, ambas são benéficas em casos de reumatismo e gota, por exemplo. Elas devem ser usadas externamente em casos de contusões e queimaduras.

Características nutricionais

A urtiga é muito rica em vitaminas, principalmente as do complexo B, C e K. Além de possuir minerais, como o magnésio e o ferro, oligoelementos, betacaroteno, aminoácidos, cálcio, sais, fosfato e proteínas.




Propriedades medicinais

Devido à presença de sais minerais, cálcio, potássio, silício, ácido fólico, ferro, aminas, rutina, quercetina, ácido málico, ácido fórmico e clorofila em sua composição, a urtiga possui propriedades adstringente, desintoxicante, diurética, galactogoga e anti-histamínica.

Lesões Cerebrais

A urtiga mostra evidências promissoras como uma erva que pode ajudar com lesões cerebrais. Um estudo publicado em dezembro de 2009 no "Jornal de Bioquímica Nutricional", mostrou que ratos com lesões cerebrais que receberam uma suplementação de urtiga eram mais propensos a mostrar sinais de melhora da função cerebral, mais especificamente relacionadas com a memória. Dadas as evidências, os pesquisadores suspeitam que urtiga pode ser capaz de melhorar a aprendizagem. Um aspecto da urtiga que faz com que seja bom para o cérebro é a sua capacidade antioxidante. Isso significa que ela pode limpar substâncias nocivas no corpo chamados radicais livres que podem danificar as células, incluindo células do cérebro.




Propriedades benéficas

  • Combate a queda de cabelo e fragilidade das unhas;
  • Previne anemia;
  • Estimula a secreção láctea;
  • Reduz o teor do ácido úrico;
  • Alivia artrose, crises de artrites e gota, também outras manifestações reumáticas;
  • Baixa o teor de glicose no sangue, estimulando a irrigação sanguínea em todas as partes do corpo;
  • Combate o entorpecimento dos membros;
  • Controla hemorragias;
  • Trata de problemas no sistema respiratório, como a asma e a bronquite;
  • É usada no tratamento de irritações na pele e corrimentos;
  • Etc.


Para que serve?

O chá de urtiga auxilia no tratamento de casos de hemorragias, anemias, insuficiência hepática, artrite, artrose, gota, alergias, catarro, tosse, bronquite, febre, febre do feno,  asma, diabetes, circulação, diarreias, próstata, úlcera, reumatismo gotoso.
Além disso, atua como complemento alimentar, como coadjuvante no tratamento de distúrbios urinários, estimula a produção de leite, diminui o bócio, limpa o fígado, fortalece as unhas, regula o açúcar no sangue e limpa a pele em caso de urticária e eczema. Externamente, o chá de urtiga pode ser usado no tratamento de irritações e corrimentos.

Modo de uso da urtiga

Muitas vitaminas são encontradas nas flores jovens da planta, porém, as suas substâncias ativas encontram-se nas flores secas e nas raízes. A urtiga pode ser usada na forma de chá, sucos prontos e na preparação de saladas com as folhas jovens. Ademais, a urtiga também pode ser utilizada na estética, no preparo de um banho de imersão com o líquido da planta para eliminar as impurezas da pele.



Uso

Interno

Você pode comprar a planta já processada e pronta para uso. Um deles é o uso interno, através de chás. Observe como deve ser feita a infusão:
  1. Adicione 1 colher de sopa para cada litro de água;
  2. Cozinhe por 3 ou 4 minutos a partir do momento em que se inicia a ebulição, depois disso, retire do fogo e deixe repousando, tampada, por 10 minutos;
  3. Coe e está pronto para consumo.
O ideal é consumir até 3 xícaras ao dia.

Externo

uma loção à base desta planta. Ela é indicada como loção capilar, ajudando no problema da calvície. Veja como fazer:
Ingredientes:
  • 3 punhados de urtiga fresca
  • Cerca de 200 ml de água
Como fazer:
  1. Coloque as urtigas em um mixer
  2. Adicione às urtigas trituradas cerca de 200 ml de água
  3. Filtre a mistura
Posologia:
– Aplique e massageie o couro cabeludo. Não utilize em pontos de sutura!

Cuidados e contraindicações

O contato direto com as folhas frescas da urtiga deve ser evitado, pois elas podem causar irritação na pele. A planta não deve ser usada em caso de edemas causados por doenças cardíacas ou função renal prejudicada.

Receitas caseiras para amenizar os sintomas de queimação que a urtiga provoca

– Sumo de limão: basta espalhar pela pele que foi atingida
– Azeite e cebola: misture os dois e aplique na área urticada
– Fermento em pó: os tipos usados para fazer bolos mesmo, podem ser aplicados sobre a pele